ALCAIDE
Albano Mendes de Matos
Macrolepiota procera
Ordem - Agaricales
Família - Agaricaceae
Género - Macrolepiota
Nominação binomial - Macrolepiota procera
O cogumelo Macrolepiota procera, conhecido no Alcaide por frade, quando crescido, e marroco, quando jovem, com o chapéu fechado, e em outras localidades por carcomelo, tortulho e cogumelo de calcinha, neste caso, por causa do anel, é um fungo saprófito, que surge no Outono, por vezes, em grandes conjuntos, em terrenos férteis e húmus, com elementos vegetais em decomposição, tanto nas clareiras dos bosques ou das matas de folhosas, como nos prados e terras de cultivo. É próprio das regiões temperadas.
Tem um chapéu grande que, em estado adulto, pode atingir 20 a 30 cm de diâmetro, apresentando escamas acastanhadas dispostas geometricamente. Quando jovem, o chapéu tem forma esférica ou ovóide, evoluindo, com o crescimento, para cónica mamelonada, apresentando, por fim, forma convexa ou quase plana.
O chapéu tem uma cutícula seca, de cor acizentada, e encontra-se coberto de escamas acastanhadas, com maior densidade no centro. O himénio, parte inferior do chapéu, é formado por lamelas livres (não ligadas ao pé), brancas, depois, acizentadas, moles e muito apertadas. Os esporos são brancos.
O pé é esguio e alto, de 15 a 30 cm, serapintado como a pele de uma cobra, oco, escamoso, mosqueado de castanho claro, bulboso na base, apresentando, no cimo, um anel esbranquiçado, duplo e amovível.
A carne, branca e mole, tem cheiro e sabor frutados agradáveis. É comestível muito bom, especialmente, a carne do chapéu, que pode ser guisada em azeite, com cebola e alho, e em muitas receitas culinárias. O chapéu pode ser assado nas brasas, com azeite e sal nas lamelas, com estas voltadas para cima. O pé dos mais velhos, duro, pode aproveitar-se para molhos e sopas.
Há também as espécies Macrolepiota gracilinta, Macrolepiota excoriata, Macrolepiota konradi, entre outras comestíveis.
Não confundir com os pequenos lepiotas mortais, com o chapéu de 5 a 8 cm, como o Lepiota clipecharia, o Lepiota brunneorincarnata e o Lepiota suberincarnata.
Fotos de Albano Mendes de Matos
Macrolepiota procera jovem (maroco), chapéu oval.
Macrolepiota procera em meio do crescimento, chapéu cónico e anel rudimentar no pé.
Macrolepiota procera em meio do crescimento, chapéu cónico e anel rudimentar no pé.
Macrolepiota procera em eucaliptal - Chapéu com escamas dispostas geometricamente.
.Macrolepiota procera - Parte superior do chapéu com as escamas.
Macrolepiota procera - Cogumelo criado, chapéu com as escamas e mamelonado no centro.
Macrolepiota procera - Chapéu com as escamas.
Macrolepiota procera - Chapéu do cogumelo no fim do crescimento; himénio, parte inferior, com lamelas livres e pé com anel.
Macrolepiota procera - Himénio com lamelas apertadas e pé escamoso com anel.
Macrolepiota procera - Himénio com lamelas apertadas e pé escamoso com anel.
Macrolepiota procera - Corte longitudinal de cogumelo em meio do crescimento. No chapéu, distinguem-se a carne e as lamelas
O anel saltou do pé para a berma do chapéu!
O anel pendurado no chapéu!
Um comentário:
Encontrei um cogumelo desses. Amo cogumelos . Era apenas um no meio da mata onde faço caminhada em Barão de Cocais MG . Tive medo de comer por ter duvida se venenoso ou não.
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