terça-feira, 23 de dezembro de 2008
COGUMELOS NA SERRA DA GARDUNHA
domingo, 14 de setembro de 2008
COGUMELOS NA SERRA DA GARDUNHA
Inonotus hispidus no Alcaide
O Inonotus hispidus é um fungo parasita, que vive em associação com plantas, como, por exemplo, o freixo, a macieira e a faia, numa relação de antagonismo, em que o parasita tira proveito, danificando a planta. Este cogumelo, que pode atingir mais de 30 cm de largura, surge nos finais do Verão e no Outono, podendo ter uma vida de mais de seis meses.
A parte superior apresenta uma camada exterior em forma de feltro, é de cor amarelada ou alaranjada, quando jovem, depois passa a castanho e, quando velho, escurece até ao negro. A parte inferior apresenta cor esbranquiçada, beije ou creme, tem aspecto esponjoso, com pequenos orifícios, por onde exsudam gotículas de um suco amarelado e pegajoso, que é característica dos fungos Inonotus .(Fotos 4, 5 e 6).
Não é comestível.
Foto 7 - Inonotus hispidus com 3 meses.
Foto 8 - Inonotus hispidus a começar a envelhecer.
Foto 9 - Inonotus hispidus envelhecido, com 6 meses.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
PLANTAS MEDICINAIS NO ALCAIDE
Das abróteas (Asphodelus lusitanicus P.), conhecidas por nunos, foguetes e candeias, existem no Alcaide, essencialmente, as variedades Asphodelus macrocarpus, mais vulgar, e Asphodelus bento-rainhae P. Silva, endémica da vertente norte da Serra da Gardunha, em pertigo de extinção, cujas raízes (rizomas), designadas por badalhocas, tiveram as seguintes aplicações medicinais:
sexta-feira, 27 de junho de 2008
COGUMELOS
Ordem: Phallales
Família: Phallaceae
Género: Clathrus
Espécie: Clathrus ruber
O Clathrus ruber é um interessante cogumelo que toma a forma de uma gaiola esférica ou oval, com 5 a 15 centímetros de altura, que aparece em lugares húmidos, jardins e terrenos de cultivo, associado a raízes, cascas e troncos de árvores envelhecidos.
Cogumelo adulto com a volva.
Albano Mendes de Matos
quarta-feira, 4 de junho de 2008
COGUMELOS NA SERRA DA GARDUNHA
ALCAIDE
Phallus impudicus
Ordem: Phallales
Família: Phallaceae
Género: Phallus
Espécie: Phallus impudicus
O Phallus impudicus é um curioso fungo basidiomiceto, da família das Faláceas, cuja designação é devida à sua forma fálica e ao cheiro cadavérico que exala e se percebe à distância. O cheiro desagradável emana de uma gleba, ou seja, uma massa mucelaginosa fértil do aparelho esporífero de alguns cogumelos, como, a trufa, o lycoperdons, o sclerodermes, o clathrus ruber e o phallus. O cheiro atrai os insectos que espalham os esporos a consideráveis distâncias, para a reprodução do fungo.
Inicialmente, o cogumelo apresenta a forma de ovo, oblongo ou esférico, ou em forma de bexiga, de cor branca, de 3 a 6 cm de diâmetro, enterrado ao rés do solo, com um longo cordão ou raiz. No corte, o ovo apresenta as seguintes camadas, do exterior para o centro: por fora, uma camada, o peridium, depois, uma camada translúcida e gelatinosa, de protecção, a seguir uma camada mais escura, a futura gleba, com o aparelho reprodutor, e, por dentro, um corpo branco, o futuro cogumelo.
Do ovo sai o pé do cogumelo, cilíndrico ou de forma cónica, de 10 a 20 cm de altura, esponjoso, poroso, branco, nu, alveolado, cavernoso e frágil, abatendo-se e murchando, no fim de alguns dias. Do ovo, fica uma espécie de volva a envolver a base do pé.
Na extremidade superior do pé, forma-se uma espécie de chapéu, de 3 a 5 cm de altura, de configuração oval, com um ligeiro corte tranversal por cima, com alvéolos na parte externa. O chapéu é branco, cobrindo-se, depois de glutina (gleba) verde-claro, depois verde oliveira e escurece. A gleba é deliquescente e expele o mau cheiro como foi referido.
É um saprófito que frutifica nas estações quentes e chuvosas, da Primavera ao Outono, em terrenos húmidos, em bosques, especialmente em matas de folhosas e em jardins.
A carne é de cor branca, frágil e, quase sempre, sem cheiro desagradável. Em alguns locais, o ovo do Phallus impudicus é consumido, com ou sem a gelatina, com algumas reservas.
O ovo pode ser confundido com o cogumelo bexiga de lobo ou, mais perigosamente, com o ovo dos cogumelos amanitas tóxicos e mortais.
Ovo cortado ao meio: no centro, a branco, o embrião do cogumelo, envolvido por gleba; parte exterior formada por tecido gelatinoso.
Ovo cortado a meio.
Ovo prestes a eclodir, saindo o pé do cogumelo.
Criação de cogumelos num vaso - À esquerda: em cima, corte de ovo, em baixo, metade do pé do cogumelo saindo do ovo, que foi cortado a meio. À direita, dois ovos.
Metade do pé de um cogumelo, de tecido esponjoso branco e oco, saindo do ovo.